domingo, 4 de janeiro de 2009

Confusão é o ópio de minha geração.


"A vida passa/Telefono e você/Já não atende mais/Será que já não temos tempo/Nem coragem de dialogar?/Ainda ontem pela praia/Alguma coisa me lembrou você/E veio a noite/Namorados se encontrando/E eu estava só..."

Quando se perde que se dá valor? Comigo nem sempre foi assim.
Sento ao lado do telefone e realmente imploro pra que ele toque, a solidão não acontece quando você não tem ninguém ao seu lado. Pra mim, a solidão acontece quando a saudade de "algo.que.você.não.sabe.oque.é" aparece.
No fundo você sabe do que é, não é falta de amigos, não é falta de namorado, nem de família, é aquela sensação de que as coisas não caminham da forma certa, ou que falta um pedaço...
No meu caso, o único empurrão necessário para entrar na minha "solidão" ( claro que eu nem a sinto com intensidade real, disfarço tudo com barras de chocolate, e com xícaras de café) é pensar em todo tempo que já desperdicei, e tanta coisa que deixei de viver pra não ser julgada.
Não sei se mudei, não sei se quero mudar, meu medo de viver coisas novas fez com que as antigas tenham sido intensas, arriscar o novo pode siguinificar algo suave ( estamos falando de sentimentos e momentos) ? Meu irmão me puxa a orelha todo dia, " menina, para de viver a vida assim, decepções são maiores quando você prefere sentir o máximo de todos"... Não sei... Pra mim as cosias ficam "velhas ou antigas" a partir do momento que as conheço, e isso não é algo ruim, pelo contrário, é como se criasse intimidade com o sentimento e com os momentos... Se formos analisar por esse lado, tenho medo do novo só até o momento que troco três ou quatro palavrinhas com ele e ele já torna velho, tornando-se intenso e intimo.
Acho que por isso que sempre tive tantas fases, meus olhos são os primeiros a julgar e conhecer, sempre bastou simpatizar por algo na superfície, pra dizer que gosto ou não, felizmente em termos de pessoas meu julgamento passou a ser mais aprofundado e mais suave ( sim, suave... não se julga alguém com olhos tão críticos quanto os que julgo os enlatados americanos da TV)... Sou uma menina aberta para as coisas novas que se disfarça atrás na imagem de "solido" ao novo.
No fim volto a mesma confusão do início...
Vou vivendo com o que minha mãe diz " Continue viva, não deixe que os outros matem seus sentimentos."
Concluindo, vivo intensamente, seja conhecido ou recem-conhecido.

Um comentário:

uma parte do todo disse...

confusão é mesmo o ópio da nossa geração, alguem vende confusão e alguem consome. Sempre te vejo meio triste/confusa aqui... claro voce nao está só, tambem me sinto assim as vezes, mas tudo são formas de enxergar as coisas... acho que se resolver conosco é a forma de melhorar a nossa forma de ver o mundo... talvez estar confuso faça parece tudo que existe uma grande confusão.

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