sábado, 12 de junho de 2010

Um muro com um tijolo a menos, ou um tijolo que abandonou seu muro?

Faz muito tempo que não posto nada, e postei este texto no "Um dia de cada cor" (na verdade vai ser publicado no domingo, 13 de junho de 2010), achei muito digno postá-lo aqui, posso tentar aprimorar depois, mas o seu mérito vem por ser impulso de um sentimento que não era despertado em mim a algum tempo, acho que ele não recebe nome próprio, apenas deixa declarado que nem tudo acontece como esperamos, que muitas vezes os ressentimentos podem vir de formas variadas e que isso não significa condizer com a realidade, por fim planto a semente, as palavras deixam marcas, impactos e podem ser tão palpáveis quanto expressões.

Amizades que um dia já foram belas flores, mas hoje se encontram com suas pétalas caídas, não devem ser lembradas pelo "tempo das pétalas caídas", mas pelos campos floridos, pelo perfume no ar, pela compreensão que só as margaridas sabem dar, pela atenção que só as rosas podem oferecer, e principalmente pelos dentes a mostra que nem um bouquet de lírios consegue arrancar com tanta sinceridade.
Se fosse possível, por mim não seria dado o ponto final, mas algumas pessoas escolhem se enterrarem juntamente com antigos contextos, se fosse pra exemplificar com um fato histórico eu diria que o muro de Berlim se enterra junto com a finda guerra fria.
Mas não teríamos nós uma necessidade, quase tão mórbida quanto o próprio fim, de atribuir a tudo que é findo um aspecto negativo? Para que assim olhemos para frente como se o presente fosse, e o futuro será de alguma forma "melhor", mas não é necessário mais do que duas olhadelas para a distinção dos momentos para perceber que no fim não são maiores, nem menores, apenas, diferentes.

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