domingo, 19 de junho de 2011

Membrana


E será que há dito sujeito que, por estar dentro demais, nunca tenha olhado ao seu redor com olhos de quem tem gula pelo algo que não se sabe explicar? Que sorri mostrando dentes de certeza, que abraça o ciclo sintético das coisas crendo que este seja o natural e crê sem questionar nesse jogo imobiliário, vendo neste finito criado o infinito que só o incerto nos dá (ou não) a (in)certeza de existir. E o que há dentro deste grave e áspero que ainda não o despertou para o que lhe circunda? Que ainda não jogou para dentro de si toda(s) a(s) duvida(s) que desconstroem o tudo e lhe revelam o nada, e coloca o nada como a chave do tudo. Mas por outro lado, ninguém questiona as questões, o porquê dos porquês, e o porquê delas surgirem, será que estou tão errada quanto quem não questiona o que ingere?

Um comentário:

Janne Alves de Souza disse...

Que reflexão profunda e lúcida! Encantada! Amei seu blog!

Caixa de lembranças