sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Silêncio abrangente


O silêncio que abrange a alma como forma de recuperar os sentidos trás consigo o doce sabor de frutas frescas.
A grama verde entre os dedos, a encostar delicadamente, não apenas em tua pele, mas também em tua alma, floresce, e transforma em flor toda a massa acinzentada de fuligem.
Não há nada além de essência, de ar puro que enche os pulmões, de olhos preenchidos com horizontes esverdeados.
Em pequenas sutilezas, com gestos e olhares tão profundos quanto poço de desejos sem fim, e ao mesmo tempo tão superficiais quanto colherzinha de café meio cheia.
Toda uma história, uma sabedoria, passada pelas paredes velhas, sujas e repintadas varias vezes, todo um tom de seriedade misturado com infância e doce de leite.
Não há nada além de você, o mato, e pessoas que mesmo que o tempo passe e você perca contato ainda terão o mesmo olhar sincero e acolhedor de sempre.
É belo e limpo por si só, o que mais o embeleza é a leveza na qual comove e cativa.

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